Manifesto da Filosofia do Caos:
Por Célio Azevedo
Nós não buscamos ordem sem propósito. Buscamos verdade.
E a verdade é crua, fraturada, em constante mutação.
A estabilidade é uma ilusão feita para domesticar a alma.
O caos, ao contrário, é fértil. É o útero da criação.
Aceitamos o colapso como origem.
Tudo que é vivo pulsa entre estrutura e ruptura.
Negar o caos é negar a própria liberdade.
A dança das forças não pede permissão. Ela nos atravessa.
A verdadeira ordem é fluida.
O que chamam de “equilíbrio” é um instante congelado da morte.
Só há vida onde há tensão.
Só há beleza onde há conflito.
Só há sentido quando o próprio absurdo é desafiado.
Somos os filhos da espiral quebrada.
Não repetimos. Evoluímos em curvas.
Somos fragmentos conscientes de um todo em convulsão, de u
m caos cosmológico.
Cada pensamento é um raio.
Cada ato, uma faísca de transformação.
Nada é definitivo. Nem a dor. Nem a glória.
Tudo que te oprime é transitório.
Tudo que te sustenta, também.
A liberdade está no meio do furacão,
e não nas paredes que tentam contê-lo.
Essa é a Filosofia do Caos.
Ela não pede que você creia.
Ela exige que você sinta.
E, sentindo, se levante.
E, erguido, escolha:
ser parte da mutação ou da estagnação.
Ser ruído criador ou silêncio cúmplice.
Célio Azevedo
Fundador da Filosofia do Caos