Em alguns locais, abateram civis e soldados enquanto os militares de Israel lutavam para reunir uma resposta.Os tiroteios continuaram bem depois do anoitecer e os militantes mantiveram reféns em confrontos em duas cidades. Os militantes ocuparam uma esquadra da polícia numa terceira cidade, onde as forças israelitas lutaram até domingo de manhã para finalmente recuperar o edifício.Antes do amanhecer de domingo, militantes dispararam mais foguetes de Gaza, atingindo um hospital na cidade costeira israelense de Ashkelon. O hospital sofreu danos, disse Tal Bergman, alto funcionário do hospital.
O vídeo fornecido pelo Barzilai Medical Center mostrou um grande buraco perfurado em uma parede e pedaços de destroços espalhados no chão do que parecia ser uma sala vazia e um corredor. Não houve relato de vítimas.A mídia israelense, citando autoridades do serviço de resgate, disse que pelo menos 250 pessoas foram mortas e 1.500 ficaram feridas no ataque de sábado, tornando-o o mais mortal em Israel em décadas. Pelo menos 232 pessoas na Faixa de Gaza foram mortas e 1.700 ficaram feridas em ataques israelenses, disse o Ministério da Saúde palestino. Os combatentes do Hamas levaram um número desconhecido de civis e soldados cativos para Gaza.O conflito ameaçou agravar-se com as promessas de retaliação de Israel.
Os conflitos anteriores entre Israel e os governantes do Hamas em Gaza provocaram mortes e destruição generalizadas em Gaza e dias de disparos de foguetes contra cidades israelitas. A situação é potencialmente mais volátil agora, com o governo de extrema-direita de Israel afetado pela falha de segurança e com os palestinianos desesperados devido a uma ocupação interminável na Cisjordânia e ao bloqueio sufocante de Gaza. A possibilidade da guerra se escalar por todo Sudoeste Asiático (Oriente Médio) é grande.
Célio Azevedo.
Jornalista, filósofo e cientista político.