A dissonância cognitiva é um conceito da psicologia que descreve o desconforto mental e emocional que surge quando uma pessoa enfrenta uma contradição entre suas crenças, valores, atitudes ou expectativas e suas ações ou comportamentos. Em outras palavras, ocorre quando alguém age de maneira inconsistente com o que acredita ser certo ou coerente com seus princípios.
Por exemplo, se alguém acredita fortemente na importância de uma alimentação saudável, mas regularmente consome alimentos não saudáveis, essa pessoa pode experimentar dissonância cognitiva. O desconforto resultante da dissonância cognitiva pode levar a uma busca por maneiras de reduzir essa discrepância, como ajustar o comportamento, justificar as ações ou até mesmo mudar as crenças.
A teoria da dissonância cognitiva, proposta por Leon Festinger na década de 1950, sugere que as pessoas têm uma tendência natural a buscar consistência em suas cognições (crenças, atitudes, valores) e que a dissonância cognitiva ocorre quando essa consistência é perturbada. Portanto, muitas vezes, as pessoas tentarão resolver a dissonância mudando seu comportamento, alterando suas crenças ou encontrando justificativas para suas ações.
Em suma, a dissonância cognitiva é o conflito interno que ocorre quando alguém não age de acordo com seus valores e crenças, e é um fenômeno comum na experiência humana.
Célio Azevedo - Jornalista, filósofo, escritor, cientista político e analista social.