Última Poesia


Vejo-te sentada

Olhando para o nada

TV vivis omnipotens

Com este rosto sereno que me olhas

E que escondes mais minha volúpia

Que consiste em matar meus verdadeiros sentimentos

Revirando-se para todos os lados

Enquanto bate um vento fresco em minha aurora

Espero por minha melancolia

Que transformas volúpia em doença, doença única

Nos fins de semana, volúpia, uma melancolia

Recuando e fugindo da realidade

Algo percorre por minha moça, donzela, ainda que fria

Donzela que com seu beijo de serpente

Perdeu o seu valor único

Perdeu a pureza virginal

Quem julga ao mesmo tempo em que é julgado?

Quem desonra ao mesmo tempo em que é desonrado?

Quem ganha ao mesmo tempo em que perde?

Quem ama ao mesmo tempo em que é odiado?

Foi visto, tão frio

Surreal

Diluculum

TV vivis omnipotens

Pela poesia branca

A dor ainda domina o corpo e o ódio, a mente

Nesses tempos pouco se viu

A última coisa que já senti

Que não tornar-se-á paixão

O amor que pensas ser libido

E que de nada lhe serviu

Nada existe no ponto virgem

Se não há vinho

Não há isso que pensas ser libido

Pois não há ponto virgem nessa garota virgem

Meus sentidos se misturam

Ainda que por estar confuso

Por pouco, por meio tempo

Agora sei o que espero

Porque não posso mais ser e conseguir o que quiser

Viver?

Há um frio.