Em meio a tensões na Ucrânia, uma possível proxy war aproxima-se. Um iminente conflito, em que ambos os lados possuem bons motivos, é algo extremamente perigoso para o mundo.
Concomitantemente, a OTAN expandiu-se ao longo dos anos 90 por todo leste europeu de maneira tácita, rompendo a palavra que foi dada ao antigo secretário-geral da União Soviética, Michael Gorbachev, de que não se expandiria em direção aos países da CEI, próximos à fronteira com a Rússia. Apesar dessa promessa, isso ocorreu sem nenhum acordo oficialmente assinado entre as partes.
Em matéria de inteligência política, Gorbachev foi bastante ingênuo e agora Putin está tentando reparar um antigo erro, possivelmente anexando a Ucrânia, alegando alguns dos motivos pelos quais Portugal também os teria, caso quisesse anexar o Brasil.
Todavia, sabe-se que todos os países possuem autodeterminação dos povos e devem ter suas devidas soberanias respeitadas.
Putin sabe que mesmo se cortar a exportação do gás natural da Europa, sua economia fracassará, devido tanto a sanções econômicas, quanto por possuir mais de 60% de seu PIB baseado na exportação energética, já antes mesmo do segundo Nord Stream ser implementado.
Por outro lado, além dos EUA enviarem arsenal militar para os ucranianos, o país também tem um plano B para a questão energética na Europa.
Vamos aguardar novas notícias nesse período de inverno europeu/russo.
Célio Azevedo
Jornalista, filósofo, cientista político e escritor