Sobre o futuro presidente do Brasil


Conheci Jair Bolsonaro lá pelo ano de 2004. Meu pai já votava nele para deputado. Não gostava muito na ocasião por motivos já conhecidos. No entanto, nunca acreditei na falácia dele ser fascista, homofóbico, machista, etc. Meu Qi de 170 pontos impediu que, mesmo sendo um jovem de esquerda na época, acreditasse no senso comum. Deixava essa doença para os esquerdistas da massa de manobra, pois sempre dialoguei normalmente com pessoas de direita dentro e fora de minha faculdade.

Ainda no final do meu primeiro curso superior abandonei a esquerda e entreguei os meus cargos por questões éticas. Notei que aquilo transformou-se numa combinação de capitalismo estatal corrupto com comunistas hipócritas, como todos são. Fiquei alguns anos recluso, apenas estudando, lendo outras literaturas além do que já lia.

Em 2014, como todos os seres humanos normais da época, apoiei a candidatura de Aécio Neves. Não pensei que ele fosse fazer um governo de direita, mas pressionado por nós, acreditava que o mesmo faria algumas reformas liberais para que o Brasil ao menos entrasse "de leve" no primeiro mundo, o que evitaríamos por um tempo de passar pela crise a qual o país hoje vive.

No mesmo ano, nas primeiras ou talvez na primeira manifestação de rua contra o governo fraudulentamente reeleito da Dilma, conheci Bolsonaro e identifiquei-me com seu discurso declaradamente anticomunista, e não apenas liberal. Nunca havia visto pessoalmente algum deputado fazer o mesmo e, nesse instante, passei a apoiá-lo para presidente.

Sabia que o caminho seria difícil tanto para o Brasil, quanto para ele. Acredito que, com a ajuda de mentes brilhantes como Olavo de Carvalho, esse processo de retomada da alma do brasileiro foi acelerado em décadas. Quando tudo isso aqui ainda era mato e era tido como louco já acreditava que o Brasil ainda teria jeito, uma última chance que seria agora em 2018.

Creio que depois não teremos outra chance igual, caso Bolsonaro perca as eleições, porque comunista é um ser vingativo, rancoroso e infelizmente, inteligente, que nunca deixa passar nada que seja contra eles. O Brasil de Haddad é uma ditadura bolivariana apenas reversível com uma intervenção militar norte-americana, o que a meu ver não aconteceria pois eles já estão ocupados demais com os seus próprios problemas.

Não acredito também em intervenção militar brasileira, pois é provável que os próprios comunistas os cooptem, a exemplo do que ocorreu na Venezuela, bem como não acredito em uma guerra civil, o povo está desarmado em sua maioria. O Brasil certamente entraria numa anomia e aconteceria uma fragmentação nacional inimaginável, talvez apenas imaginada por Gilberto Freyre, em sua obra "Ordem e Progresso".

O problema do comunismo no Brasil é apenas para os brasileiros de bem resolverem, mais ninguém, além de um fantasma que sempre atormentar-te-á enquanto existir um único comunista vivo.

Célio Azevedo.
Jornalista e Cientista Político