Liberdade tolhida


Essa preocupação excessiva com o bem-estar e a saúde serve apenas para aumentar a burocracia estatal, para o Estado tomar conta da vida dos outros. Os próprios paradigmas morais da sociedade já serviriam para que o indivíduo combatesse os seus vícios.
O que acontece em uma sociedade sem virtudes quando um indivíduo perde uma perna, um braço, adquire um problema de saúde sério, ou mesmo fica com problemas financeiros? Segundo essa própria lógica de sociedade do bem-estar social essa pessoa merece morrer. Isso é um pensamento anti-cristão.
É fato também notar que apenas quem tem problemas de saúde se preocupa em não fumar, não beber, não dormir tarde, não ser gordo, não ser magro, não consumir gordura, calorias, carboidratos, cafeína, sal, açúcar, não estudar ou ler muito, não pensar demais, fazer exercício o tempo todo, etc. As pessoas que pensam dessa maneira estão todas morrendo cedo ou já estão doentes.
Há exceções? Algumas. No entanto, problemas como esses ocorrem mais devido a características genéticas/familiares da pessoa do que meramente a seus hábitos. Normalmente quem possui mais recursos vive mais e melhor, a exemplo do que ocorre em países desenvolvidos. E se "deu defeito, conserta"; "sabe que vai dar defeito, previne". Mas o ideal é não viver como um robô. Ser reto sim, mas sem perder essa noção da realidade.
Querem criar uma sociedade de massas, atomizada, sem indivíduos, pessoas à beira de um colapso cognitivo, para apenas serem peças de engrenagens do Estado. A NOM financia esse projeto pois quer manter o seu poder sobre essas engrenagens, quando o indivíduo perde a sua própria condição de ser humano e passa a se comportar apenas como um animal irracional.

Célio Azevedo.
Jornalista e analista político