Como compus a maioria de minhas músicas?

Desde que me entendo como gente, sempre ouvi muita música. Inspiro-me em grandes artistas superestimados ou não, desde que possuam talento e que a música seja palatável aos meus ouvidos. Ouço desde música clássica a rock/metal, indie e pop de qualidade.

É importante tocar algum instrumento. Não precisa ser nenhum Yngwie Malmsteen, mas é preciso ter noções de notas, sonoridade, etc. Sei tocar alguns, violão/guitarra, baixo, algumas coisas de teclado e gaitas. Sim, gaitas. Na época do colégio tocava gaita junto aos colegas, acompanhando os violões e cantando.


Sempre li entre 50, 55, 60 livros por ano. Ano passado li cerca de 62 livros, entre obras clássicas de filosofia, história, economia, romances, livros técnicos e científicos. Com bastante material na Internet, não há desculpa para não buscar conhecimento, mesmo tendo uma humilde biblioteca em casa.


Se você lê muito, escreve bem e, consequentemente, compõe e pensa bem. Quando criança, li todos livros que haviam na estante de casa e, posteriormente, nas bibliotecas dos colégios e da cidade. Tudo isso antes da Internet se tornar pop. Leia e ouça música compulsivamente. Inspirei-me inicialmente no período do romantismo brasileiro. Inspirar-me-ei um dia no barroquismo literário.

Aprendi outros idiomas, de certa forma isso também me influenciou. Teve um período em minha vida em que fazia 3 cursos de idiomas ao mesmo tempo, inglês, francês e japonês. Obtive certificados. Tempos depois, fiz espanhol também, mas nesse não fui até o final. Tendo isso sido compensado pelas minhas viagens ao exterior.

Fiquei longe de pessoas que pudessem bloquear a minha criatividade. No meu caso, meu pai sempre me incentivou a colocar o máximo de minha criatividade transcendental em algo. Se você puder eliminar algumas pessoas de seu convívio social, terá grande êxito no que condiz a criatividade. Pois esta é a mais importante.

Em suma, cultura.

Célio Azevedo.
Jornalista, músico e analista político.