Ter ou não Ter

No mundo atual, onde muitos valorizam o ter em detrimento do ser, sentimentos ficam de lado, emoções são escondidas e amores são distorcidos. Poucos se valorizam pela questão do ser, pelo seu grau de instrução e consciência. Aliás, quase todo mundo busca um canudo para poder aumentar o seu poder aquisitivo, e poucos para fazer uma evolução individual de conhecimento.

Por que jogamos tudo fora? Porque descartamos tudo o que chega a nossas mãos como a parte do papel que segura uma etiqueta ou uma lâmpada queimada, um celular velho ou mesmo pessoas? A síntese dessas e outras perguntas relacionadas ao assunto é o substantivo masculino “dinheiro”.

A solução entre todas já discutidas pelos analistas sociais, políticos e cientistas políticos está em sermos bons educadores, mostrarmos que o ser é mais importante que o ter, que vale mais um coração apaixonado do que um carro importado, apaixonado pela sua causa também vale, pois devemos todos ter uma, até porque os humanos possuem criatividade para isso.

Mas o que ensinar aos alunos, mentes do amanhã? Ensinar a ser mais humano, a valorizar ao próximo pelo o que é. É se tirar um pouco de nossas mentes a rotina e enxergarmos também o mundo real. O conhecimento cura o hábito do consumo excessivo, por outro lado, a alienação se usa consumismo como “válvula de escape”, e é preciso “mudar” para “mudar o mundo”, e só mudamos pela base que é a educação em qualquer tanto básico, como médio ou superior.

Célio Azevedo é Jornalista e Docente Superior.